quarta-feira, dezembro 12, 2007
Carta de Snellen ao amor não correspondido
Nossa! Está parecendo simpatia! Os três últimos textos foram publicados nos três últimos dias 12! E os dois últimos foram no mesmo horário! Eu juro, foi sem querer...
segunda-feira, novembro 12, 2007
Pequena história de morte de uma grande vida
A pá cavou e
cobriu a cova
sete palmos profunda
de terra molhada
de chuva fina que caía
sobre as histórias
depositadas no fundo
da cova - sete palmos - profunda
história de vida
Jaz o bom livro que ninguém mais pode ler.
cobriu a cova
sete palmos profunda
de terra molhada
de chuva fina que caía
sobre as histórias
depositadas no fundo
da cova - sete palmos - profunda
história de vida
Jaz o bom livro que ninguém mais pode ler.
sexta-feira, outubro 12, 2007
Como não soubessem
as flores da morte
ipês amarelecem
Depois de escrever fui estudar. Então, descobri: http://www.kakinet.com/caqui/ipe.shtml
as flores da morte
ipês amarelecem
Depois de escrever fui estudar. Então, descobri: http://www.kakinet.com/caqui/ipe.shtml
sábado, setembro 15, 2007
segunda-feira, agosto 27, 2007
Para que sonhar com mais amar
no azul do mar infinito
se os sucessivos desconvidados dias
as águas vêm evaporar?
Para que sonhar com o livro aberto
na página querida
se o implacável verdadeiro vento
à sua maneira o folheia?
Para que sonhar com as crianças
brincando infantis nos campos gramados
se o inexorável impiedoso tempo
as traz agora maduras?
Sonhar é vão...
Porque entre sonho e verdade há um
trevoso intransponível vão.
Porque sonhos não são e nunca serão.
Porque sonhos são idéias e
idéias não descem ao chão.
Só o que há é realidade
e sonhos não há.
Então, para que sonhar e sonhar e sonhar
e doer por esquecer de viver o que há?
De esta noite em diante
sonharei apenas com um sonho doce rebelde
que contrarie a natureza dos sonhos,
que irrompa no mundo rompendo
o grosso tecido separador dos espaços,
que não mais queira ser sonho e seja.
E assim, faça que vivam infâncias, histórias, amores.
no azul do mar infinito
se os sucessivos desconvidados dias
as águas vêm evaporar?
Para que sonhar com o livro aberto
na página querida
se o implacável verdadeiro vento
à sua maneira o folheia?
Para que sonhar com as crianças
brincando infantis nos campos gramados
se o inexorável impiedoso tempo
as traz agora maduras?
Sonhar é vão...
Porque entre sonho e verdade há um
trevoso intransponível vão.
Porque sonhos não são e nunca serão.
Porque sonhos são idéias e
idéias não descem ao chão.
Só o que há é realidade
e sonhos não há.
Então, para que sonhar e sonhar e sonhar
e doer por esquecer de viver o que há?
De esta noite em diante
sonharei apenas com um sonho doce rebelde
que contrarie a natureza dos sonhos,
que irrompa no mundo rompendo
o grosso tecido separador dos espaços,
que não mais queira ser sonho e seja.
E assim, faça que vivam infâncias, histórias, amores.
E, veja, papai sempre dizia:
"Tens que ter os pés no chão, minha filha!"
Ave Santa Teimosia!
"Tens que ter os pés no chão, minha filha!"
Ave Santa Teimosia!
quarta-feira, maio 30, 2007
domingo, abril 08, 2007
Páscoa*
Ah! Eu também quero ressuscitar.
E depois comer muito
Chocolate...
Até não agüentar
Eu quero muito ressuscitar.
Mas antes,
alguém tem
que me matar
Pascoal é um moço
da rua de baixo
que só anda armado
Um dia crio coragem
e lhe peço:
Me mata, Pascoal!
Pra eu ressuscitar.
Não sei se Pascoal
vai ter
coragem de fazer,
mas eu vou ter que ter
Porque eu quero ressuscitar!
Então, alguém
vai ter
que me matar.
*Com pequenos cortes. Pra sangrar menos.
E depois comer muito
Chocolate...
Até não agüentar
Eu quero muito ressuscitar.
Mas antes,
alguém tem
que me matar
Pascoal é um moço
da rua de baixo
que só anda armado
Um dia crio coragem
e lhe peço:
Me mata, Pascoal!
Pra eu ressuscitar.
Não sei se Pascoal
vai ter
coragem de fazer,
mas eu vou ter que ter
Porque eu quero ressuscitar!
Então, alguém
vai ter
que me matar.
*Com pequenos cortes. Pra sangrar menos.
terça-feira, abril 03, 2007
quinta-feira, março 08, 2007
Fantasia
Veste-te de outra
pessoa
que pensas
que não és
Fantasia.
Álibi do
teu instinto
Não era para ser nada pro dia da mulher. Coincidiu a data. Fica sendo, então.
As discussões sobre a mulher e seu papel et cetera, deixo pros intelectuais. Só desejo felicidades.
pessoa
que pensas
que não és
Fantasia.
Álibi do
teu instinto
Não era para ser nada pro dia da mulher. Coincidiu a data. Fica sendo, então.
As discussões sobre a mulher e seu papel et cetera, deixo pros intelectuais. Só desejo felicidades.
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Som sentido
Silêncio!
Escuto passos na escada
A cada passo alguém desce
Parece
que esquece a porta aberta
que bate com o vento
Silêncio!
Percebo risadas na sala de estar
Estúpida alegria que exala
Estaca
no peito vampiro
que nunca bebeu gota de sangue
Silêncio!
Ouço sussurros no porão
Porém não há alguém
Além
do espelho espesso do pó
do passado da janela
Silêncio.
Apenas o som
De um coração quieto
Só
batendo lento com o vento
num peito vampiro
espesso de pó
Escuto passos na escada
A cada passo alguém desce
Parece
que esquece a porta aberta
que bate com o vento
Silêncio!
Percebo risadas na sala de estar
Estúpida alegria que exala
Estaca
no peito vampiro
que nunca bebeu gota de sangue
Silêncio!
Ouço sussurros no porão
Porém não há alguém
Além
do espelho espesso do pó
do passado da janela
Silêncio.
Apenas o som
De um coração quieto
Só
batendo lento com o vento
num peito vampiro
espesso de pó
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
A corda
O homem, comum que só ele, resolveu experimentar de equilibrista. E foi lá andar na corda bamba. O homem comum, corajoso que só ele.
E lá estava ele, lá em cima, um pé depois do outro, braços abertos, quando foram se formando duas platéias de curiosos. Uma de cada lado, a corda bamba as separando. Como se o homem não andasse sobre uma corda, mas sobre um muro. As pessoas comentavam, apontavam, fotografavam.
O homem foi ficando com raiva de ser alvo de tantos olhos. Mas continuou se equilibrando, tentando se concentrar no seu propósito, com a esperança de que aquelas pessoas cansariam logo seus pescoços de tanto olhar para cima e iriam embora. Mas aconteceu que ele se cansou primeiro daquele circo. Declarou: Não agüento mais. Vou pular. Um oh! profundo de espanto subiu, emitido por todas as gargantas. E logo as pessoas começaram a escrever grandes cartazes. O homem comum pôde ler, nos cartazes da platéia da esquerda, “Mal”, e nos cartazes da platéia da direita, “Bem”. Em seguida, todos começaram a bradar: Pula! Pula! Pula!
O homem olhava para um lado, depois para o outro, e via todos aqueles rostos ávidos daquelas pessoas que, inexplicavelmente, o queriam em seus braços. O homem comum não sabia o que fazer. Ficou um tempo parado, um pé na frente do outro, braços abertos, com um forte desejo de pular. Mas resolveu, por enquanto, continuar caminhando na corda bamba, porque não sabia em qual dos lados tinha rede.
E lá estava ele, lá em cima, um pé depois do outro, braços abertos, quando foram se formando duas platéias de curiosos. Uma de cada lado, a corda bamba as separando. Como se o homem não andasse sobre uma corda, mas sobre um muro. As pessoas comentavam, apontavam, fotografavam.
O homem foi ficando com raiva de ser alvo de tantos olhos. Mas continuou se equilibrando, tentando se concentrar no seu propósito, com a esperança de que aquelas pessoas cansariam logo seus pescoços de tanto olhar para cima e iriam embora. Mas aconteceu que ele se cansou primeiro daquele circo. Declarou: Não agüento mais. Vou pular. Um oh! profundo de espanto subiu, emitido por todas as gargantas. E logo as pessoas começaram a escrever grandes cartazes. O homem comum pôde ler, nos cartazes da platéia da esquerda, “Mal”, e nos cartazes da platéia da direita, “Bem”. Em seguida, todos começaram a bradar: Pula! Pula! Pula!
O homem olhava para um lado, depois para o outro, e via todos aqueles rostos ávidos daquelas pessoas que, inexplicavelmente, o queriam em seus braços. O homem comum não sabia o que fazer. Ficou um tempo parado, um pé na frente do outro, braços abertos, com um forte desejo de pular. Mas resolveu, por enquanto, continuar caminhando na corda bamba, porque não sabia em qual dos lados tinha rede.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Primeiro do ano
Num velho bar
coa vela
acesa
guardo
pra mar
Este poema foi publicado em primeira mão no Blog de 7 Cabeças no dia 11 de janeiro. Olha que honra! Foi escrito em mente durante o não muito emocionante passeio de barco, em Búzios, no dia em que meu poetamigo Fejones e eu perdemos o imperdível "luarau" no Leme. E foi ele mesmo, o Fejones, que me convidou para a publicação no blog dos sete poetas-cabeças.
Apesar dos pesares, foi muito boa a estada no Rio. Obrigada, tia Erlw, Tiago e Bianca por terem me tratado tão bem e me aturado! Luciane, muito obrigada pelo adorável reencontro! Obrigada, queridíssimos Leandro e Marla! Obrigada Fejones, pela tão boa companhia! Lindos de Araxá, foi muito bom conhecer vocês! Abraços aos meus desconhecidos, que também estavam naquela mesa na Lapa e que, provavelmente, nunca lerão isto aqui!
Poesia pra todos!
coa vela
acesa
guardo
pra mar
Este poema foi publicado em primeira mão no Blog de 7 Cabeças no dia 11 de janeiro. Olha que honra! Foi escrito em mente durante o não muito emocionante passeio de barco, em Búzios, no dia em que meu poetamigo Fejones e eu perdemos o imperdível "luarau" no Leme. E foi ele mesmo, o Fejones, que me convidou para a publicação no blog dos sete poetas-cabeças.
Apesar dos pesares, foi muito boa a estada no Rio. Obrigada, tia Erlw, Tiago e Bianca por terem me tratado tão bem e me aturado! Luciane, muito obrigada pelo adorável reencontro! Obrigada, queridíssimos Leandro e Marla! Obrigada Fejones, pela tão boa companhia! Lindos de Araxá, foi muito bom conhecer vocês! Abraços aos meus desconhecidos, que também estavam naquela mesa na Lapa e que, provavelmente, nunca lerão isto aqui!
Poesia pra todos!
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