quarta-feira, junho 28, 2006

Tudo vejo

O meu direito de peixe morto.


Olha bem
pra mim!
Vê que estes meus
olhos de peixe
mortos
vivos
vêem mais do que
apresentam
poder
ver
haja vista que
são bem grandes
e sem defeitos!

Haja vista
para tanto ver!

Enxergo teus exageros,
teus desesperos e
todos teus segredos

Assisto atentamente
tua movimentação!

Nem penses em disfarçar,
que te observo!
Nem tentes me enganar,
que te percebo!
Não, não te escondas,
que te acho!

quinta-feira, junho 15, 2006

Sono

Será que todo o mundo está dormindo?
Luzes apagadas, olhos fechados,
Corpos esticados, mentes descansadas,
Corações lentos, almas distraídas...

Assim não se pode
Ver,
Agir,
Amar

Depois, o amanhecer
Leva o mundo às ruas
Com suas bengalas cegas
A golpear os meios-fios,
Os sapatos alheios e
Os lentos corações...

Mas deve haver um lado de lá do mundo
Em que os habitantes estão despertos
E espertos se percebem e
Se permitem acelerar os corações a
Tantas batidas quantas possíveis
Por minuto de vida

domingo, junho 11, 2006

Para saciar alguma sede


Remo! Porque você pediu.

quarta-feira, junho 07, 2006

Química

Fizeram mímicas
Havia química
E a física confundiu
As forças de sua natureza

A gravitacional lutou na separação dos corpos - antes unidos
Foram as cargas opostas traídas pela eletromagnética - antes fiel
E a fraca e a forte inverteram seus papéis - antes vividos
Lá, bem dentro dos núcleos

Porque as duras leis do universo - proibitivas
Trouxeram às partes o desafio:

Não...
...Gerar correntes contínuas...
... Produzir um trem de pulsos...
... Excitar estados quânticos...
... Entrar em ressonância...
... Viajar tal qual um fóton...
...Não

Assim, à razão foi dada razão
E restou o calor se dissipando
Reduzindo a energia cinética dos átomos do desejo
Que outrora forças outras provocaram


Para trazer um pouco de física para a poesia, já que há poesia na física. Por que não?

domingo, junho 04, 2006

Um post para agradecer

Enquanto as palavras não encontram seu lugar em um novo texto, venho postar um agradecimento aos caríssimos invisíveis aparecidos! Isso. Muito obrigada por pararem por aqui e doarem alguns de seus minutos entre leituras e tão preciosos comentários. Não sabem o bem que fazem à minha parte que é pedaço...! Aproveitando, vou publicar aqui o recado que meu primo Branco Lemos me deixou no Orkut depois que o convidei para ler Toque:

"Fui lá de novo.
Que belo ovo
Você botou dessa vez.
Nem sei como fez.
Mas posso dizer tranquilo,
Nunca ví aquilo
Até quando irá me surpreender?
Até das palavras eu me perder?
Rabisque suas qualidades,
Escreva as novidades.
Me conte dos dias
E das alergias.
Me mostre como se mostra,
Me faça perder a aposta..."


Um toque no coração de cada um!