quarta-feira, junho 07, 2006

Química

Fizeram mímicas
Havia química
E a física confundiu
As forças de sua natureza

A gravitacional lutou na separação dos corpos - antes unidos
Foram as cargas opostas traídas pela eletromagnética - antes fiel
E a fraca e a forte inverteram seus papéis - antes vividos
Lá, bem dentro dos núcleos

Porque as duras leis do universo - proibitivas
Trouxeram às partes o desafio:

Não...
...Gerar correntes contínuas...
... Produzir um trem de pulsos...
... Excitar estados quânticos...
... Entrar em ressonância...
... Viajar tal qual um fóton...
...Não

Assim, à razão foi dada razão
E restou o calor se dissipando
Reduzindo a energia cinética dos átomos do desejo
Que outrora forças outras provocaram


Para trazer um pouco de física para a poesia, já que há poesia na física. Por que não?

8 comentários:

Anônimo disse...

Rendo-me ao seu magnetismo poético.

Perfeito!


Um beijo.

Anônimo disse...

Elaine

Mais uma vez um texto maravilhoso.
Não canso de ler e reler seu blog.

Tudo de bom para você.

Bj

Marcelo

Anônimo disse...

Muito bonito, só um física e escritora, poderia enxergar a beleza nas interações da natureza e retratar com tamanha beleza, parabéns!

Leandro Jardim disse...

Quanta ciência há na pele do corpo e na película da alma!

Mas é preciso uma sabida poetiza para nos dar essa lente ao olhar!

Muitíssimo Bom!

bjs, do amigo!
Leandro

Luana disse...

[wonderful!]

Beijos!!

A czarina das quinquilharias disse...

ah, deviam ensinar este nas escolas :*

Remo Saraiva disse...

Muito bom!

Pra semana vou colocar um meu sobre Geografia. Fique atenta!!

Beijos!!

REMO.

Keila Sgobi de Barros disse...

para uma psicofísica
nada mais completo!