segunda-feira, novembro 21, 2011

Quando não há sol,
não gosto assim tanto do sol
quanto gosto do anonimato.
Prefiro o céu baixo
de nuvens escuras
para um mundo mais pequeno.

Os operários do inconsciente
trabalham trabalham; produzem lentes
de ver do ângulo mais bonito das coisas.

Na hora da despedida,
a lágrima tempera o novo caminho
e lubrifica o ferrolho da janela.
E, de uma primeira tristeza,
o desejo de saudade no futuro.

2 comentários:

Sandra Regina disse...

a melancolia fica impregnada nos versos, mas uma alegria genuinamente brasuca furta da rima alguma dor...

Leandro Jardim disse...

Nossa, adorei, esse verso desfecho é um primor :)