sábado, outubro 10, 2009

Tempestade

Já não sentem minhas lágrimas
as terras encharcadas
onde cultivo tuas ausências.

Seguem-me sombrias nuvens
chove saudade em pancadas
setas geladas
no peito ao dorso.

Aos poucos,
nas breves estiagens,
tento despetalar-te de mim
a flor que és.

Na próxima terça-feira, novamente no B7C

2 comentários:

J.F. de Souza disse...

Forte tempestade, essa. Poderia arrancar telhados, derrubar árvores...
Mas há flores que só nossas mãos podem arrancar.

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depois de passar tempestades
preso ao teu ser
ausente

espero
me livrar do que me prende
durante a calmaria

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Elaininha qrida!!! Vc tá mandando muito bem nos escritos!!! Tô adorando!!! +D


=*

José Rosa (ZeRo S/A) disse...

Triste e bonito.