quarta-feira, maio 03, 2006

Dê pressão

Dê pressão
Com a mão
Empurre lá pro chão

Curve os ombros
Fique mudo
Esprema mais que tudo

Molhe o rosto
Encolha o corpo
Seja o próprio dorso

Faça força
Force o fato
Jogue lá no mato

Meta-se na fossa
Nade até o fundo
Afunde nesse mundo
...

Dê de ombros
Molhe o dorso
Jogue tudo

5 comentários:

Leandro Jardim disse...

Caramba...
...você só pode ter escrito isso pra mim!
Perfeito!
Lindo!
Que dizer?
Ah, obrigado!
Ah2, bjs!

Anônimo disse...

Elaine

Novamente belo. E com a característica (sua) de criar a expectativa e a ansiedade a cada linha.

Espero que estejas, sempre num estado DE comPREenSÃO, criando assim muita paz felicidade e harmônia em sua vida.

Bj

Marcelo

Anônimo disse...

A máquina está pedindo para eu dar o meu parecer.
Por mais que eu tente fazer aparecer os meus arrepios ao ler essas coisas que a Elaine escreve, me parece impossível não escrever que meu parecer é que ela está com uma vontade inerente de parecer doente de amor.
Parece que o mosquitinho não aparece há tempos pra te picar... risos!
Que vc fique mais mil anos assim, se esse for o preço pra continuar escrevendo sobre nós (seres humanos) com tanta competência, sinceridade e clareza.

Ivã Coelho disse...

Se jogue, é isso ae. Gostei do balanço das suas palavras. Boa contrução. Bem alicerçada. Gostei da sua paragem.

Abçs

Edilson Pantoja disse...

Gostei, Elaine! obrigado pela visita no albergue! Quanto aos poetas e cientistas, é caso a se pensar. Abraços de Belém!