Cole figurinhas. Infalível!
Aconselhou-me o filho de João
Só assim todos poderão
Ver o que é invisível
Pus-me a meditar:
Que tipo de figura
O visitante procura?
Até pensei num Renoir
Figurinha repetida, minha cara!
Alertaram-me os botões
Milhões de idéias, bilhões!
Preciso de uma mais rara
Idéia louca, idéia boa, idéia genial!
Invoquei a mariposa alva e doce
Mas, como se o primeiro vôo fosse
Voou ao descanso final
Vieram perigosos delírios
Ali do pé da macieira
Menina, quanta besteira!
Hoje deleites, amanhã martírios...
Mais uma vez tentei
Encontrar com meu próprio esforço
A figura, ou um esboço.
Andei e pensei e falhei
E segui meu caminhar
Pelas pontes do pensamento
Mas o pífio pavimento
Impediu-me continuar
Ei, mas veja! Atenção!
Há aqui mais de uma dúzia
Que beleza! Quanta astúcia!
Não foi o trabalho vão
Clap, clap, clap! Façamos uma homenagem!
Mesuras!
Às figuras!
À linguagem!
...
Agora, caro invisível
Espero fiques satisfeito
Fiz o que pôde ser feito
Peço-te: sê flexível
2 comentários:
Que bom. A mudança para o estilo com rimas e a inserção de outros objetos que estimulem o sentido visual representam formas de flexibilidade artística.
O conjunto do rabisco azul com o perfeito ovo reverberam harmonia aos olhos de quem vê, por que não?
O ovo é mais bonito, mas é alimentado pelo cordão umbilical dos pensamentos livres.
Então, a interdependência entre várias formas de expressão incentiva outras formas de se pensar, outras formas de enxergar, outras atitudes e outros fins.
E assim se evolui...
ai que lindo...eu viajo no que vc escreve,mas nao sei explicar muito bem o que sinto...continue escrevendo...faz bem para todos nos.
um abraco.
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