Estava sentindo uma dor de dente intensamente boa! Não que eu goste de dor de dente. Não sou masoquista não. Mas era muito boa aquela dor de dente que eu sentia! Aí resolvi visitar meu dentista. Depois de muito examinar ele decidiu: Você vai ter que extrair seus sisos. Quais, doutor? Todos os que lhe restam. Eu não queria, porque só tinha um e dá dó extrair o último dente do siso. Fiquei de pensar.
A dor aumentava e aumentava exponencialmente com o passar do tempo e então resolvi seguir o conselho do meu dentista. Mas não fui visitá-lo. Tentei eu mesma fazer o serviço com a ajuda de um amigo do dentista, que por coincidência também estava com dor de dente do siso. Abri a boca para o espelho para me despedir. E apontei: é aquele ali. O amigo do dentista laçou o dente supostamente culpado com um pedaço comprido de fio dental. E, é claro, para retribuir o favor, também lacei o siso dele. E então, segurando as duas pontas do fio sabor hortelã que roçavam meu queixo, puxei. Senti uma outra dorzinha muito boa. Puxei e puxei e puxei. Tchuc! Consegui! Nem saiu muito sangue, mas fiquei um pouco triste porque meu último siso tinha ido embora... E foi-se pelo ralo... E a história se repetiu para o amigo do dentista ao mesmo tempo.
Naquele dia não senti mais dor, só aquela tristeza do vazio que ficara no fundo da minha boca. E um nó na garganta. Mas a partir do dia seguinte a dor voltou. E agora está tão intensa que não sei o que fazer, porque nem tenho outro siso para arrancar. Se bem que andei sentindo uma coisa esquisita na gengiva. Acho que está nascendo outro.
A dor aumentava e aumentava exponencialmente com o passar do tempo e então resolvi seguir o conselho do meu dentista. Mas não fui visitá-lo. Tentei eu mesma fazer o serviço com a ajuda de um amigo do dentista, que por coincidência também estava com dor de dente do siso. Abri a boca para o espelho para me despedir. E apontei: é aquele ali. O amigo do dentista laçou o dente supostamente culpado com um pedaço comprido de fio dental. E, é claro, para retribuir o favor, também lacei o siso dele. E então, segurando as duas pontas do fio sabor hortelã que roçavam meu queixo, puxei. Senti uma outra dorzinha muito boa. Puxei e puxei e puxei. Tchuc! Consegui! Nem saiu muito sangue, mas fiquei um pouco triste porque meu último siso tinha ido embora... E foi-se pelo ralo... E a história se repetiu para o amigo do dentista ao mesmo tempo.
Naquele dia não senti mais dor, só aquela tristeza do vazio que ficara no fundo da minha boca. E um nó na garganta. Mas a partir do dia seguinte a dor voltou. E agora está tão intensa que não sei o que fazer, porque nem tenho outro siso para arrancar. Se bem que andei sentindo uma coisa esquisita na gengiva. Acho que está nascendo outro.
Jardim tinha razão! Essa internet inspira...! Desta vez, foi culpa da czarina. Escrevi isto pouco depois de ter lido este belo texto. Ah, me desculpem novamente a ousadia, mas não posso contra minhas insanidades que me fazem achar que posso atingir esses altos degraus...
Imagem: "The Dentist" - Salvador Dali
7 comentários:
Quando retiramos o que nos causa dor, resta um vazio no lugar!
Lindo! Sina dos poetas, todos uns dentistas... hehe...
viu?! num disse, num disse, num disse? hehehe... e essa Czarina, hein?!
ah, outro dia eu ouvi falar de uns tais versinhos, mas...
bjsssssss
É o juízo que não acaba... Risos!
Beijos...
:)
Olha, vou te falar o que achei.
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calma..........................
sê paciente....................
...............tá bom, eu digo:
ESTE É SEU MAIS GENIAL TEXTO!!!
ESTOU EXPLODINDO DE FELICIDADE
POR ESTA BELEZURA!!
O JARDIM DEU UMA DE ADUBO AGORA!
Beijos parabenizantes em ti!!
REMO.
Simplesmente perfeito!
:*
Essas dores que não param... Que nos trazem os sentidos à flor da pele...
Muito bom! :)
Obrigada pela visita no Blog de 7!
Beijos.
xi! dente é que nem copinho de plástico. você puxa um e pluft! lá vem outro!
hehehe, surrealista, dali ficaria orgulhoso...
(e eu, eu estou lisinjeadissima! hehe)
quantos sisos são preciso?
quantos nãos são sãos?
ah quanto senão, não?
belo vôo.
bjo.
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